QUEM FOI?

Sergio Ceotto ou simplesmente Serjão foi um atleta amador, industriário têxtil, empresário têxtil, ator amador e divulgador da boa forma nascido em 15 de fevereiro de 1933 na fazenda Pedra Branca, cidade de Campinas no distrito de Sousas, sendo o segundo de seis filhos, quatro mulheres e dois homens.

Seus pais foram os imigrantes italianos Guerino Ceotto e Erminea Zanatta Ceotto, que se estabeleceram na região atraídos pelo ciclo do café que predominou no estado de São Paulo entre os séculos XIX e XX.

Seus relatos sobre este tempo sempre foram carregados de um grande saudosismo onde sua experiência em família, as dificuldades materiais na fazenda e seu convívio com a natureza iriam o  acompanhar por toda a vida. "Sempre gostei de andar descalço...pés na terra" dizia.

Suas lembranças percorrem o trabalho na fazenda, sendo que bem pequeno levava a comida para os "camaradas" que trabalhavam na roça.

Lembranças dos animais de estimação, principalmente os cachorros, os pássaros e animais silvestres que habitavam o local  compunham um lindo quadro de convivência entre os humanos e a natureza.

Relatava os sabores e perfumes das flores e frutas como mangas e goiabas, onde juntamente com outros garotos subiam as árvores em busca das melhores frutas que comiam com gulodice própria da idade.

"Meu pai colhia o cacho de banana e trancava em uma caixa para que pudesse madurar. Com a ajuda de um arame retirava bananas antes da maturação total" relatava Serjão com um sorriso ao final da história.

Dizia que as lembranças da infância remontam aos poucos meses de idade ainda no colo da mãe, o que é uma proeza da memória, além de relatar uma experiência existencial com seis anos de idade. "Estava na fazenda e ao olhar o céu houve uma percepção do quão pequeno  era em relação ao mundo, ao céu, ao sol...tive uma grande sensação de medo. Larguei o que estava segurando e corri chorando" relatou com as mãos na cabeça e sorriso no rosto.

A CHEGADA EM AMERICANA: Atraídos por melhorias nas condições de vida a família chegou a Americana em 1945, quando Serjão estava com doze anos de idade.

Se estabeleceram numa casa no bairro Vila Cordenonsi entre a ruas Torres Homens e  Carioba indo  trabalhar na indústria têxtil que crescia na Cidade de forma acelerada.

"Foi muito triste quando chegamos. Sentia falta da fazenda...Sonhava com a fazenda, a vida na cidade era muito difícil. Minha mãe estava muito doente naquela época. Foi um período bastante difícil",  relatou.

No local, que viveu estes primeiros anos, fez amizade com Roviglio Cordenonsi que se prolongou por muitas décadas. Ele foi aluno do Serjão quando montou sua academia praticamente ao lado da casa de Roviglio no próprio bairro do Cordenonsi.

A árvore de pitanga, no local onde  brincavam quando crianças e comiam de suas frutas, ainda floresce no mesmo lugar.

A pitangueira cujas frutas Serjão comeu na infância ainda floresce na rua Torres Homem na Vila Cordenonsi. Ele comeu de suas frutas ao final da vida e lembrou nostálgico de sua infância.

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